Ciro respira em pesquisa Depois de lançar pré-candidatura à presidência da República pelo PDT na semana passada, Ciro Gomes oscila positivamente na última pesquisa do PoderData e cresce mais de 100% em relação à rodada anterior.
Na mais recente pesquisa do PoderData, o cearense aparece em terceiro lugar com 7%, empatado com Moro. Foram mais 4% em relação à consulta anterior. Isso mostra que a operação da PF sobre supostas irregularidades em contratos do Governo do Ceará, que tem Ciro como um dos alvos, não atingiu o pedetista como era imaginado pelos seus adversários. O crescimento também mostra que o evento de lançamento da sua candidatura não passou em branco, apesar de não apresentar novidades.
Partir para cima de Moro para afastá-lo da sua cola, por um lado, e apresentar à sociedade temas de um futuro programa de governo, com um discurso inovador, por outro, poderá ser uma próxima etapa da campanha. Aguardar pra ver.
Lula cai e Bolsonaro cresce Na mesma pesquisa, Lula cai 1% e Bolsonaro sobe 2%. Esse movimento reduz a diferença entre os dois em 3%. Cai de 14% para 11%.
Essa nova rodada de pesquisas do PoderData sai no momento em que o PT revela o marqueteiro da campanha de Lula. Será Augusto Fonseca, da agência MPB Estratégia & Criação. O nome foi decidido por Lula, pelo coordenador da área de comunicação, Franklin Martins, e pela presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann. Mesmo sendo uma variação dentro da margem de erro, é preciso examinar os motivos desse evento. Uma reação será cobrada pelos petistas, já na chegada da nova coordenação de marketing.
Moro tá estagnado Depois de todo bombardeio sofrido por ataques de Ciro, Lula e Bolsonaro, que incluiu até ameaça de CPI para investigar seus rendimentos, num escritório de advocacia nos Estados Unidos, Moro parece não ter sofrido grandes desgastes. Não cresceu, nem caiu significativamente. Oscilou negativamente 1%, dentro da margem de erro de 2% e caiu de 8% para 7%.
Isso pode indicar que o bombardeio surtiu efeito não permitindo o avanço do ex-juiz, mas não provocou baixas na sua tropa. Moro soube aproveitar a munição disparada pelo adversário para se defender, contra atacar, e viu o inimigo recuar mais cedo do que esperava.
Agora que reuniu os principais adversários na mesma trincheira, deve sempre atacá-los como aliados do mal contra o bem, da corrupção contra a justiça, da política arcaica contra a verdadeira renovação.
O ex-juiz tem munição pesada e guardada para usar quando se aproximar dos líderes da pesquisa e puder atingí-los de morte. Primeiro precisa se descolar de Ciro Gomes e cruzar a barreira dos dois dígitos.
Melhor não ter ido Mesmo tentando aproveitar a transmissão pela grande mídia, que ele demoniza diariamente para falar ao seu eleitorado, fazendo uma breve prestação de contas do seu governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve que ouvir o que não queria, e passar constrangimentos com as falas do presidente da casa senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do ministro presidente do STF Luiz Fux e até mesmo do seu aliado e presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP-AL). Todos defenderam a democracia, as eleições e o ordenamento jurídico.
Pacheco foi o mais duro e mandou um recado direto ao presidente e seus seguidores, dizendo peremptoriamente: “…aos vencedores o dever de fazer um bom governo e aos derrotados respeitar o resultado das eleições”, numa clara referência aos discursos em que Bolsonaro já ameaçou não aceitar resultado que não lhe seja favorável.
Lira voltou a pedir foco dos políticos nas reformas em andamento na Casa e criticou a antecipação do tema das eleições de outubro, pauta do dia a dia do presidente Bolsonaro.
O presidente do Supremo, Luiz Fux, fez um curto pronunciamento, em que disse que a Corte "se reinventou". Enalteceu o trabalho de Pacheco e de Arthur Lira nas presidências das casas do Congresso e não mencionou o nome de Bolsonaro. Fux concluiu sua fala com a frase "Deus protegerá o Brasil".
Depois da cerimônia, um senador aliado revelou em ´off` que na sua avaliação teria sido melhor Bolsonaro não ter ido.
Criminoso oficial A Polícia Federal (PF) confirmou oficialmente que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de violação de sigilo funcional ao divulgar o conteúdo de um inquérito sigiloso a respeito do ataque hacker aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em uma live realizada por ele em agosto do ano passado, para tentar desacreditar o sistema de votação em urna eletrônica
Bolsonaro cometeu o crime mas não foi indiciado pela PF porque depende de análise da Procuradoria Geral da República - PGR e autorização do Congresso. Com isso Jair Bolsonaro vai ficando com mais débitos com o Centrão, que hoje comanda a Casa Legislativa.