Brasília News

Márcio França (PSB-SP) não arreda o pé da candidatura ao governo de São Paulo - Lula já articula com Kassab a filiação do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) ao PSD caso não consiga a desistência da candidatura de Márcio França ao governo de São Paulo. Lula quer Fernando Haddad (PT-SP) e não abre mão disso. Acredita que com sua liderança o afilhado será o próximo governador paulista. 

O petista avalia que o PSB está exigindo muito mais do que teria direito e não tem agido para retirar a candidatura do pessebista. Governar o país tendo o governo de São Paulo nas mãos de um petista seria o melhor cenário para a volta triunfal do ex-presidente ao Palnalto.

Já Márcio França diz que tem pesquisas em mãos que apontam seu índice de avaliação bem superior ao petista Haddad. Para ele, o resultado das eleições passadas no estado, que o levou ao segundo turno contra o atual governador João Dória, já bastaria para a decisão, mas topa ter seu nome submetido a novas pesquisas para que os resultados decidam pela escolha do candidato. O PT não acha nada disso relevante. 

Centrão e o “golpe” semipresidencialista - Os principais líderes do Centrão no Congresso Nacional começam a dar os primeiros passos para trocar o presidencialismo pelo semipresidencialismo. 
O semipresidencialismo é um tipo de sistema de governo que mistura características do presidencialismo e do parlamentarismo, dando ao Congresso o direito de eleger um primeiro ministro que, de fato, vai administrar o país.

A ideia tomou força depois das últimas pesquisas eleitorais, que apontam a possível vitória do ex-presidente Lula na próxima eleição. Mas não só. A ideia pretende, também, dar maior controle aos parlamentares na gestão pública, na medida em que o sistema permite que o primeiro-ministro nomeie os demais ministros do governo. 

Para setores da esquerda ligados a Lula essa iniciativa configura uma espécie de golpe branco na medida em que mudaria o sistema de governo logo após uma eleição onde a população vota para a escolha de um presidente e não de um novo sistema de governo. A previsão dos entusiastas da ideia é que o tema entre na pauta logo após o pleito de outubro próximo.

Ofensiva bolsonarista na comunicação - Quem pensa que a eleição está decidida e o presidente Jair Bolsonaro já está derrotado, pode ser surpreendido pelos novos rumos da comunicação bolsonarista. Já está sendo preparada uma grande campanha publicitária oficial para ser veiculada na chamada mídia tradicional de TV e rádio e outra focada nas redes sociais que objetiva apresentar as realizações e conquistas do governo. Só agora o núcleo duro do bolsonarismo percebeu a força da TV e do rádio na comunicação e que precisa ocupar esse espaço de maneira estratégica. 

Numa entrevista ontem ao jornal O Globo (10/02) Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador da República e agora coordenador político da campanha do pai, reconheceu que houve erro na comunicação do governo e que, a partir de agora, os rumos serão mudados. Na mesma entrevista, o filho 01 do presidente chegou a reconhecer o erro do pai ao se posicionar contra a vacina da Covid19 e admitiu uma provável mudança de postura do presidente nos próximos dias. A estratégia pretende mostrar um governo honesto que acerta mais do que erra.

José Américo