Acompanhado pelo filhinho vereador do Rio de Janeiro e investigado pela Polícia Federal a respeito de supostas participações em ações de gangues digitais, Bolsonaro teria ido acertar parcerias nada republicana com o chefe do Kremlin na área de “tecnologia”.

Dizem até que o conselheiro de Bolsonaro para essa “visita estratégica” seria o ex-presidente americano, derrotado na última eleição e que teria feito uso de um braço “tecnológico” da Rússia durante sua campanha na terra do Tio Sam.

Assim como ocorreu nas eleições americanas em 2020, quando a Rússia agiu nas redes sociais, fazendo um verdadeiro ataque cibernético, para derrotar o candidato democrata Joe Biden, isso poderia ocorrer aqui no Brasil nas próximas eleições. Essa é a grande preocupação de políticos de oposição e algumas autoridades.

Bolsonaro estaria jogando fora das quatro linhas se conduzir essa visita com viés eleitoreiro. Ao invés de movimentar as peças do xadrez para vencer, pode sofrer um xeque-mate. Tanto o serviço secreto russo, conhecido como KGB e o americano CIA estão de olho nessa visitinha.

O capitão cloroquina, acompanhado pelos dementes generais, parece que perdeu a noção do perigo.

Márcio França (PSB-SP) não arreda o pé da candidatura ao governo de São Paulo - Lula já articula com Kassab a filiação do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) ao PSD caso não consiga a desistência da candidatura de Márcio França ao governo de São Paulo. Lula quer Fernando Haddad (PT-SP) e não abre mão disso. Acredita que com sua liderança o afilhado será o próximo governador paulista. 

O petista avalia que o PSB está exigindo muito mais do que teria direito e não tem agido para retirar a candidatura do pessebista. Governar o país tendo o governo de São Paulo nas mãos de um petista seria o melhor cenário para a volta triunfal do ex-presidente ao Palnalto.

Já Márcio França diz que tem pesquisas em mãos que apontam seu índice de avaliação bem superior ao petista Haddad. Para ele, o resultado das eleições passadas no estado, que o levou ao segundo turno contra o atual governador João Dória, já bastaria para a decisão, mas topa ter seu nome submetido a novas pesquisas para que os resultados decidam pela escolha do candidato. O PT não acha nada disso relevante. 

Centrão e o “golpe” semipresidencialista - Os principais líderes do Centrão no Congresso Nacional começam a dar os primeiros passos para trocar o presidencialismo pelo semipresidencialismo. 
O semipresidencialismo é um tipo de sistema de governo que mistura características do presidencialismo e do parlamentarismo, dando ao Congresso o direito de eleger um primeiro ministro que, de fato, vai administrar o país.

A ideia tomou força depois das últimas pesquisas eleitorais, que apontam a possível vitória do ex-presidente Lula na próxima eleição. Mas não só. A ideia pretende, também, dar maior controle aos parlamentares na gestão pública, na medida em que o sistema permite que o primeiro-ministro nomeie os demais ministros do governo. 

Para setores da esquerda ligados a Lula essa iniciativa configura uma espécie de golpe branco na medida em que mudaria o sistema de governo logo após uma eleição onde a população vota para a escolha de um presidente e não de um novo sistema de governo. A previsão dos entusiastas da ideia é que o tema entre na pauta logo após o pleito de outubro próximo.

Ofensiva bolsonarista na comunicação - Quem pensa que a eleição está decidida e o presidente Jair Bolsonaro já está derrotado, pode ser surpreendido pelos novos rumos da comunicação bolsonarista. Já está sendo preparada uma grande campanha publicitária oficial para ser veiculada na chamada mídia tradicional de TV e rádio e outra focada nas redes sociais que objetiva apresentar as realizações e conquistas do governo. Só agora o núcleo duro do bolsonarismo percebeu a força da TV e do rádio na comunicação e que precisa ocupar esse espaço de maneira estratégica. 

Numa entrevista ontem ao jornal O Globo (10/02) Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador da República e agora coordenador político da campanha do pai, reconheceu que houve erro na comunicação do governo e que, a partir de agora, os rumos serão mudados. Na mesma entrevista, o filho 01 do presidente chegou a reconhecer o erro do pai ao se posicionar contra a vacina da Covid19 e admitiu uma provável mudança de postura do presidente nos próximos dias. A estratégia pretende mostrar um governo honesto que acerta mais do que erra.

Em viagem pelo Nordeste, onde vem usando a máquina pública para fazer campanha - as provas disso podem ser reunidas nos diversos discursos dos ministros que o acompanham e despudoradamente clamam pela reeleição do presidente - Bolsonaro usa a malandragem retórica e dizendo que reconhece que é mal-educado e que fala muitos palavrões e tenta compensar seu estilo grotesco, com a afirmação de que não rouba. “Muitos me criticam dizendo que o presidente fala muitos palavrões. Fala sim, mas não rouba”. Não é bem assim. 

O esquema das rachadinhas nos gabinetes dos seus filhos,que configuram roubo entre outros crimes, teria sido desenvolvido e aperfeiçoado em seu gabinete durante os sete mandatos de deputado que exerceu até chegar à presidência. Tudo está sendo investigado pelo Ministério Público. 

Assim como negar que a terra é redonda e colocar em xeque a ciência na questão das vacinas contra a Covid19, Bolsonaro e seu grupo tentam passar a impressão de que tanto ele quanto seu governo não praticaram, nem praticam corrupção. Basta listar as diversas operações da Polícia Federal em órgãos e pastas da sua gestão, as investigações da CPI da Covid19 e os inquéritos que investigam os esquemas das rachadinhas nos gabinetes dos seus filhos, para constatar que se trata de uma retórica falsa e voltada para impedir que a população e seus seguidores vejam a realidade como ela é. 

Parafraseando o título de um dos filmes indicados ao Oscar este ano e que trata da manipulação da opinião pública através da comunicação, o bolsonarismo trabalha para que seus seguidores ´Não Olhe pra Cima` e vejam a verdadeira face de um governo que nega tudo que pregou e criticou duramente na campanha que elegeu seu líder. Para quem demonizou o Centrão fazendo campanha com paródias - …quem gritar pega Centrão, não fica um meu irmão - e hoje tem o grupo como principal pilar de sustentação do seu governo, fica difícil emplacar essa ideia de presidente e governo honestos. 

Viajar ao Nordeste e atacar seus adversários cumpriu um script de campanha, baseado em pesquisas qualitativas, e espera reduzir a rejeição de 60% que o presidente tem naquela região. Se vai dar certo, só as próximas rodadas de pesquisas podem avaliar. 

No filme do diretor Adam Mackay, essa estratégia é suicida e o final trágico. Aqui a tragédia já tem um saldo de mais de 635 mil mortes na pandemia e muitas delas resultado do ´Não Olhe pra Cima` que o bolsonarismo defende negando a ciência e propagando fake news sobre a pandemia. A lista do negacionismo é extensa, como a questão ambiental.

A legenda nasce da fusão entre o PSL e o DEM, com Bivar como presidente e ACM Neto Secretário Geral. Ambos ex-presidentes das antigas legendas. A União Brasil foi homologada ontem (8) pelo TSE - Tribunal Superior Eleitoral e passa a ser o maior e mais rico partido político do país. A União Brasil tem quase 1 bilhão de recursos públicos do fundo partidário e eleitoral, juntos. 

Hoje, o partido tem 88 parlamentares (81 deputados e 7 senadores), mas deve sofrer uma debandada, principalmente, dos bolsonaristas que pertenciam ao PSL, partido pelo qual o atual presidente foi eleito. Mesmo assim continuará sendo a maior legenda do Congresso.

Cobiçado por presidenciáveis como o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), e João Dória (PSDB), o partido, dificilmente, terá candidatura própria à presidência da República no primeiro turno. Ficar livre para eleger deputados, senadores e governadores, facilita as coligações regionais e aproveita os recursos financeiros para estruturar suas campanhas. Caso seja bem sucedido no primeiro turno, se cacifa ainda mais para decidir quem apoiar no segundo turno.

Nova pesquisa Genial/Quaest mostra Lula com 45% e Bolsonaro com 23%. Lula continua liderando e venceria o atual presidente da República com 22% de intenções de votos a mais no primeiro turno. No segundo turno Lula venceria todos adversários.

Dória 2% Continua com apenas 2% das intenções de votos o governador de São Paulo João Doria, mesmo depois de mais de dois meses que foi confirmado como candidato dos tucanos à presidência. E, pior, está empatado com o deputado André Janones (Avante). Doria joga parado e seu marketing não consegue propor nada que alavanque sua candidatura. 

Tebet patina no traço A senadora Simone Tebet (MDB) também não consegue decolar. Sem o apoio explícito do seu partido e sem estratégia de marketing, a parlamentar não consegue passar de 1% e já não tem mais tempo para alavancar sua candidatura. Só um milagre a faria competitiva até abril, prazo estabelecido por seu partido para que ela seja avaliada.

Moro e Ciro estacionam na 3ª posição Nessa rodada Moro e Ciro não passam dos 7% e portanto estacionados. Isso significa que precisam mudar rumos de campanha, criando fatos novos e elegendo temas que chamem a atenção de possíveis eleitores. Do contrário, só servirão para definir que a eleição será decidida no segundo turno por Lula e Bolsonaro.

Ciro respira em pesquisa Depois de lançar pré-candidatura à presidência da República pelo PDT na semana passada, Ciro Gomes oscila positivamente na última pesquisa do PoderData e cresce mais de 100% em relação à rodada anterior. 

Na mais recente pesquisa do PoderData, o cearense aparece em terceiro lugar com 7%, empatado com Moro. Foram mais 4% em relação à consulta anterior. Isso mostra que a operação da PF sobre supostas irregularidades em contratos do Governo do Ceará, que tem Ciro como um dos alvos, não atingiu o pedetista como era imaginado pelos seus adversários. O crescimento também mostra que o evento de lançamento da sua candidatura não passou em branco, apesar de não apresentar novidades. 

Partir para cima de Moro para afastá-lo da sua cola, por um lado, e apresentar à sociedade temas de um futuro programa de governo, com um discurso inovador, por outro, poderá ser uma próxima etapa da campanha. Aguardar pra ver. 

Lula cai e Bolsonaro cresce Na mesma pesquisa, Lula cai 1% e Bolsonaro sobe 2%. Esse movimento reduz a diferença entre os dois em 3%. Cai de 14% para 11%.

Essa nova rodada de pesquisas do PoderData sai no momento em que o PT revela o marqueteiro da campanha de Lula. Será Augusto Fonseca, da agência MPB Estratégia & Criação. O nome foi decidido por Lula, pelo coordenador da área de comunicação, Franklin Martins, e pela presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann. Mesmo sendo uma variação dentro da margem de erro, é preciso examinar os motivos desse evento. Uma reação será cobrada pelos petistas, já na chegada da nova coordenação de marketing. 

Moro tá estagnado Depois de todo bombardeio sofrido por ataques de Ciro, Lula e Bolsonaro, que incluiu até ameaça de CPI para investigar seus rendimentos, num escritório de advocacia nos Estados Unidos, Moro parece não ter sofrido grandes desgastes. Não cresceu, nem caiu significativamente. Oscilou negativamente 1%, dentro da margem de erro de 2% e caiu de 8% para 7%. 

Isso pode indicar que o bombardeio surtiu efeito não permitindo o avanço do ex-juiz, mas não provocou baixas na sua tropa. Moro soube aproveitar a munição disparada pelo adversário para se defender, contra atacar, e viu o inimigo recuar mais cedo do que esperava.  

Agora que reuniu os principais adversários na mesma trincheira, deve sempre atacá-los como aliados do mal contra o bem, da corrupção contra a justiça, da política arcaica contra a verdadeira renovação. 

O ex-juiz tem munição pesada e guardada para usar quando se aproximar dos líderes da pesquisa e puder atingí-los de morte. Primeiro precisa se descolar de Ciro Gomes e cruzar a barreira dos dois dígitos. 

Melhor não ter ido Mesmo tentando aproveitar a transmissão pela grande mídia, que ele demoniza diariamente para falar ao seu eleitorado, fazendo uma breve prestação de contas do seu governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve que ouvir o que não queria, e passar constrangimentos com as falas do presidente da casa senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do ministro presidente do STF Luiz Fux e até mesmo do seu aliado e presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP-AL). Todos defenderam a democracia, as eleições e o ordenamento jurídico. 

Pacheco foi o mais duro e mandou um recado direto ao presidente e seus seguidores, dizendo peremptoriamente: “…aos vencedores o dever de fazer um bom governo e aos derrotados respeitar o resultado das eleições”, numa clara referência aos discursos em que Bolsonaro já ameaçou não aceitar resultado que não lhe seja favorável. 

Lira voltou a pedir foco dos políticos nas reformas em andamento na Casa e criticou a antecipação do tema das eleições de outubro, pauta do dia a dia do presidente Bolsonaro. 

O presidente do Supremo, Luiz Fux, fez um curto pronunciamento, em que disse que a Corte "se reinventou". Enalteceu o trabalho de Pacheco e de Arthur Lira nas presidências das casas do Congresso e não mencionou o nome de Bolsonaro. Fux concluiu sua fala com a frase "Deus protegerá o Brasil". 

Depois da cerimônia, um senador aliado revelou em ´off` que na sua avaliação teria sido melhor Bolsonaro não ter ido. 

Criminoso oficial A Polícia Federal (PF) confirmou oficialmente que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de violação de sigilo funcional ao divulgar o conteúdo de um inquérito sigiloso a respeito do ataque hacker aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em uma live realizada por ele em agosto do ano passado, para tentar desacreditar o sistema de votação em urna eletrônica

Bolsonaro cometeu o crime mas não foi indiciado pela PF porque depende de análise da Procuradoria Geral da República - PGR e autorização do Congresso. Com isso Jair Bolsonaro vai ficando com mais débitos com o Centrão, que hoje comanda a Casa Legislativa.

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